Autor: Moa Sipriano
TRECHO: " ... Fui oferecido a dezenas de homens cobertos de cordões e anéis de ouro, joias caras e cartões de crédito sem limites. Dois, três, quatro ou dez por dia entravam e saíam de dentro de mim naturalmente, sem constrangimento algum. A proteção de um pedaço de borracha entre homens ainda era um insulto e sacrilégio em pleno ânus oitenta. Todos pagavam o preço da novidade. Fortunas eram pagas pelo prazer de degustar uma carne fresca, um novilho recém abatido que ainda cheirava a leite. Aprendi que minha boca valia muito dinheiro, dado o verdadeiro milagre que ela realizava ao ressuscitar sexos amorfos de senhores a um passo da eternidade. Comecei a fumar aos quinze. A cheirar aos quinze e meio. O beber já rolava desde os treze – santo padre Fünf! –, mas é claro que agora eu sorvia apenas bebidas importadas, finas, extravagantes, cheias de frescura. Porém o resultado final era o mesmo que consumir uma cachaça na esquina..."
TRECHO: " ... Fui oferecido a dezenas de homens cobertos de cordões e anéis de ouro, joias caras e cartões de crédito sem limites. Dois, três, quatro ou dez por dia entravam e saíam de dentro de mim naturalmente, sem constrangimento algum. A proteção de um pedaço de borracha entre homens ainda era um insulto e sacrilégio em pleno ânus oitenta. Todos pagavam o preço da novidade. Fortunas eram pagas pelo prazer de degustar uma carne fresca, um novilho recém abatido que ainda cheirava a leite. Aprendi que minha boca valia muito dinheiro, dado o verdadeiro milagre que ela realizava ao ressuscitar sexos amorfos de senhores a um passo da eternidade. Comecei a fumar aos quinze. A cheirar aos quinze e meio. O beber já rolava desde os treze – santo padre Fünf! –, mas é claro que agora eu sorvia apenas bebidas importadas, finas, extravagantes, cheias de frescura. Porém o resultado final era o mesmo que consumir uma cachaça na esquina..."
Este conto é baseado em uma história real.
(Arquivo > Salvar como...)
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